Se o prefeito-factóide Eduardo Paes acha que terá moleza no aumento da tarifa dos ônibus municipais, favorecendo ainda mais os empresários rodoviários, está muito enganado.
O Ministério Público abrirá um inquérito civil contra a Prefeitura do Rio se o valor da passagem de ônibus subir de R$ 2,35 para R$ 2,40 por conta da criação do bilhete único — obrigando a quem faz apenas uma viagem a subsidiar o benefício dos dois em$no prazo de duas horas.
O reajuste seria o segundo de 2010, o que, segundo o promotor Rodrigo Terra, fere o princípio da anualidade da tarifa. Em fevereiro, o prefeito Eduardo Paes já a aumentara em 6,18% — ignorando os 4,9% medidos pelo IPCA-E, índice oficial da cidade.
O reajuste foi anunciado na semana passada pelo secretário de Transportes, Alexandre Sansão. A ideia é substituir o modelo de tarifa modal pelo bilhete único. Assim, todos pagarão R$ 2,40, inclusive quem não quiser a integração entre duas linhas de ônibus. Para o promotor, esse aumento de cinco centavos (2,12%) seria ilegal.
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